Brasil descarta 30% dos alimentos produzidos, diz ONU

País está em 10º lugar entre os que mais desperdiçam alimentos no mundo

O Brasil está em 10º lugar entre os que mais desperdiçam alimentos no mundo, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU). Todo ano, cerca de 46 milhões de toneladas de comida são desperdiçadas, aponta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o que representa 30% de toda a produção brasileira.
O cenário é ainda mais preocupante se comparado aos dados do governo federal, que mostra que, atualmente, 8,7 milhões de brasileiros enfrentam insegurança alimentar e nutricional grave.

O cenário é ainda mais preocupante se comparado aos dados do governo federal, que mostra que, atualmente, 8,7 milhões de brasileiros enfrentam insegurança alimentar e nutricional grave.

“O resíduo orgânico são nossos restos de comida, que se eles forem destinados para um tratamento correto, no caso, o mais indicado pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, é a compostagem, esses restos de comida vão se transformar em adubo e esse adubo depois ele vai ser usado numa agricultura ou em jardinagem”, explica Mariana Ferreira, líder de projetos do Programa Pé de Feijão.

A compostagem recolhida pelo programa é levada para hortas comunitárias dentro da cidade de São Paulo e ajuda agricultores.

“Além de a gente ter uma boa comida, que é a verdura que sai daqui, uma verdura de qualidade, a gente também está sabendo dentro do nosso coração que a gente está ajudando o universo”, afirma a produtora rural Sebastiana de Farias.

Mas um item da cozinha precisa de destinação específica. O óleo de cozinha não pode ser descartado no lixo comum ou derramado na pia.

Para evitar esse tipo de descarte, entidades oferecem coleta seletiva do material. O Instituto Triângulo faz o trabalho em restaurantes, bares e, aos poucos, expande a oferta para residências também. Todo o óleo coletado vai para a fábrica do Instituto e é transformado em sabão.

“A gente precisa criar o interesse dessas casas em participarem de campanhas assim. Então, nós entramos em contato com locais potenciais para serem pontos de recolhimento desse óleo. Nós oferecemos um tambor para que as pessoas que levarem o óleo até o local tenham onde colocar essas garrafas. Nós orientamos que o óleo seja entregue em garrafas pet e nós trocamos esse óleo para as residências pelo sabão ecológico”, explica Cláudia Florêncio, gerente executiva do Instituto Triângulo.

Fonte: CNN Brasil.
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